Por CNBB, com informações do Muticom e da arquidiocese de Vitória
Ao final do 9º Mutirão de Comunicação (Muticom), o bispo auxiliar de Aparecida (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Darci Niccioli, entregou a organização da próxima edição para a diocese de Joinville (SC), no regional Sul 4 da CNBB.
No encerramento do evento, os participantes subiram ao Convento da Penha e receberam as bênçãos de Nossa Senhora em missa presidida pelo arcebispo de Vitória (ES), dom Luiz Mancilha Vilela, que desejou bons trabalhos a dom Darci e aos organizadores do próximo Muticom. Dom Macilha agradeceu à organização do evento em Vitória.
Não à vaidade
"Os problemas de comunicação não estão nas máquinas ou na tecnologia empregada, mas sim no ser humano que está diante do equipamento e, principalmente, no que ele comunica", ressaltou o bispo auxiliar de Vitória (ES), dom Rubens Sevilha, que conduziu a missa que abriu as atividades do terceiro e último dia do 9º Muticom.
Ao questionar os presentes se estão procurando comunicar a Boa Nova, dom Sevilha afirmou que a resposta "depende da sua fé, do seu grau de misericórdia. Não adianta gastar com instrumentos, se não tiver na alma o conteúdo".
O bispo ainda deixou uma mensagem aos comunicadores. "Não podemos alimentar vaidades, de mostrar a si mesmo, se não tiver a serviço do Senhor. Sendo de Deus, você vai comunicar Deus", refletiu.
A partir do tema central, "Ética nas Comunicações", o evento da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB reuniu cerca de mil participantes, entre jornalistas católicos de todo o Brasil e agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom), além de bispos, padres e religiosos.
Espetacularização e mídia
Também na sexta-feira, 17, o jornalista Elson Faxina foi o primeiro palestrante do dia e falou aos presentes sobre "A Igreja católica na mídia: análise do discurso". Ele mostrou aos presentes o resultado de sua análise de alguns boletins diocesanos e paroquiais, indicando a necessidade de facilitar a comunicação, o entendimento das pessoas sobre o que é noticiado.
Sobre a busca pela mobilização, e não apenas divulgação, Elson afirmou que a mobilização envolve engajamento. "Nossa missão é mobilizar as pessoas para que sejam membros, incorporadas na vida comunitária. É preciso pisar mais no barro que no carpete, conhecer profundamente a Igreja em que atua", ressaltou.
Em seguida, foi a vez do jornalista Caco Barcellos abordar "A espetacularização da notícia". Caco citou o sensacionalismo comumente usado em algumas notícias de crimes. Ao perguntar "Quem é o grande matador do povo brasileiro?", concluiu que se as pessoas deixam de saber a resposta para uma indagação importante, é porque antes outra pessoa deixou de informar, por meio de uma abordagem preconceituosa.
Na parte da tarde, os Grupos de Trabalho seguiram a programação nas atividades com os grupos menores.
Conexão Pascom
Durante o evento, a Comissão para Comunicação da CNBB lançou o Conexão Pascom, projeto de um newsletter com informações da Comissão, direcionado aos agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom) de todas as dioceses do Brasil.
A iniciativa atende a necessidade de uma maior integração dos planos de pastoral no campo comunicacional, respondendo ainda ao apelo da difusão na divulgação das informações produzidas pela Igreja. Facilitar a mobilização dos agentes da Pascom em todo o país e organizá-los por meio de um cadastro são outros objetivos do Programa de Relacionamento Pastoral, Conexão Pascom.
Com informações do Muticom e da arquidiocese de Vitória