Rádio Vaticano
O Pontífice recebeu a senhora Antje Jackelén, da Igreja Luterana na Suécia, na manhã desta segunda-feira (4), no Vaticano. Francisco recordou os 50 anos do Decreto sobre o Ecumenismo do Concílio Vaticano II.
De acordo com o papa, o documento representa ainda hoje o ponto de referência fundamental para o compromisso ecumênico da Igreja Católica. "Com este documento evidencia-se que já não se pode prescindir do ecumenismo".
Ao afirmar que o Decreto expressa um profundo respeito pelos irmãos e irmãs separados aos quais, na coexistência cotidiana, às vezes arrisca-se de dar-lhes pouca consideração, o papa fez uma convocação à união:
"Católicos e Luteranos são convidados a procurar e promover a unidade nas dioceses, nas paróquias, nas comunidades no mundo inteiro", disse Francisco, ao acrescentar: "no caminho para a plena e visível unidade na fé, na vida sacramental e no ministério eclesial ainda há muito trabalho a ser feito; mas podemos ter a certeza de que o Espírito Paráclito será sempre luz e força par ao ecumenismo espiritual e para o diálogo teológico".
Conquistas
Francisco evidenciou que as conquistas de um consenso da comunhão fraterna alcançadas até agora não podem deixar de ser nominadas, especialmente no que diz respeito à família, matrimônio e sexualidade.
Estes êxitos "não podem ser calados ou ignorados por temor de colocar em dificuldades o consenso ecumênico já obtido. Seria uma lástima se nestas importantes questões se consolidassem novas diferenças confessionais", advertiu o papa.
Por fim, o papa agradeceu à Igreja Luterana da Suécia por acolher tantos imigrantes sul-americanos nos tempos das ditaduras na América do Sul.
Francisco também agradeceu a delicadeza da chefe da delegação em citar o pastor Anders Root. "Com ele dividi a cátedra de teologia espiritual e ele me ajudou muito na minha vida espiritual", concluiu Francisco.
Fonte: br.radiovaticana.va