Na Amazônia, "os missionários são recebidos com muita alegria", afirma dom Roque Paloschi

Assessoria de Imprensa

O bispo de Roraima, dom Roque Paloschi, participou da 36ª Assembleia das Igrejas do Regional Sul 1 da CNBB (Estado de São Paulo). Um dos assuntos tratados na reunião foi o envio de missionários e missionárias através do Projeto Igrejas-Irmãs entre os regionais Sul 1 - Norte 1 (Amazônia e Roraima). A assembleia reuniu nos dias 17 a 19 de outubro, no Centro de Espiritualidade Inaciana, em Itaici (SP), mais de 200 pessoas entre bispos, coordenadores diocesano de pastoral, párocos, leigos e leigas.

Centrados no tema "Vocação e Missão dos cristãos leigos numa paróquia Missionária", os participantes refletiram e partilharam experiências na linha da "Igreja em saída", na expressão do papa Francisco. Em entrevista, o bispo de Roraima considera o Projeto Igrejas-Irmãs de fundamental importância para a evangelização da Amazônia, bem como para a comunhão e solidariedade entre as dioceses que enviam missionários e as dioceses que os recebem. A entrevista foi realizada por José Carlos Pascoal e Renato Papis e publicada no site do Regional Sul 1.

Qual a avaliação que o senhor faz do Projeto Sul 1- Norte 1?
É um projeto de fundamental importância para a evangelização da Amazônia, bem como para a comunhão e solidariedade entre as dioceses que enviam missionários e as dioceses que os recebem. As dioceses do Regional Sul 1 mostram generosidade e desprendimento, buscando auxiliar as nossas comunidades carentes, onde os nossos padres, em pequeno número e com longas distâncias não conseguem se fazer presentes.

Como é a receptividade das comunidades?
Os missionários são recebidos com muita alegria. Nossas comunidades são carentes e com a presença dos missionários vivem ainda melhor a fé.

Qual o papel da Igreja junto aos povos indígenas?
A Igreja sempre se preocupou com os povos nativos do Brasil, que começaram a ser dizimados e terem suas terras subtraídas desde a colonização portuguesa. Por isso, sempre se coloca em defesa desses povos.

As barragens, as mineradoras e o agro negócio, insuflados pelo capital estrangeiro vão causando grandes danos às nações indígenas, que tem suas terras inundadas ou devastadas, seus rios contaminados pelas mineradoras e barragens e seu povo faminto ou violentado em sua cultura, língua, costumes. A terra e a água são dons de Deus, os indígenas fazem o possível para mantê-las livres da ganância dos exploradores, mas não são respeitados pelo capital e pela ganância.

Os povos indígenas voltam neste século à situação de escravidão que sofreram no passado. São vítimas do poderio econômico.

Fonte: www.pom.org.br

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