Joaquim Gonçalves
O Sínodo dos Bispos, aberto oficialmente ontem, dia 5 de outubro e que vai até dia 19, tem a participação de 253 representantes, sendo 191 padres sinodais, entre os quais 25 são chefes de dicastérios da Cúria Romana e 114 presidentes de Conferências Episcopais dos vários continentes: 36 da África, 24 da América, 18 da Ásia, 32 da Europa e quatro da Oceania. Outros participantes que somam 62 pessoas foram convidados: 16 especialistas (um casal e 14 solteiros), 38 auditores (13 casais e 12 solteiros) e oito delegados fraternos.
Os brasileiros presentes são: o arcebispo de Aparecida, SP, cardeal Raymundo Damasceno Assis, um dos três "presidentes delegados", o presidente é o papa; o cardeal Odilo Pedro Scherer, do Conselho Ordinário, o arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, o bispo maronita da Catedral Nossa Senhora do Líbano, em São Paulo, dom Edgard Amine Madi e o casal de leigos Arturo e Hermelinda Zamperline, responsáveis pela "Équipe Notre-Dame".
O tema do encontro é: "Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização". Essa é a terceira Assembleia Geral Extraordinária na história do Sínodo, sucedendo aquelas realizadas em 1969, sobre a relação entre as Conferências Episcopais e as próprias funções e sobre a colegialidade dos bispos; e a segunda em 1985, sobre a aplicação do Concílio Vaticano II.
O Sínodo de 1985 quis fazer uma avaliação do Vaticano II, percorridos os primeiros 25 anos de vida. Indicou uma chave de leitura dos documentos conciliares que estavam sendo o instrumento base de todas as pastorais, para que todos pudessem reler o Concílio com a mesma chave, tendo como base fundamental as quatro Constituições. Para nós no Brasil foi um momento muito dinâmico, com a superação da ditadura, a ação muito dinâmica das Comunidades Eclesiais de Base - CEBs, tanto na formação de lideranças religiosas e sociais, como na atuação dos maiores desafios.
Fonte: Revista Missões
