A despedida de dom Servilio de São Paulo

Redação

O cardeal dom Cláudio Hummes presidiu a missa de corpo presente de dom Servilio Conti, imc, nesta terça-feira, 16 de setembro, às 14h30, na Paróquia Nossa Senhora Consolata do Jardim São Bento, São Paulo. Dom Servilio faleceu domingo (14) aos 97 anos (completaria 98 anos no dia 19 de outubro).

Presentes à celebração diversos missionários da Consolata, entre eles, padre Moisés Facchini, pároco e vice-superior do Instituto, representando padre Luiz Emer, superior regional que está viajando, missionárias da Consolata, paroquianos e vários amigos de São Manuel, além de benfeitores do Instituto Missões Consolata. Dom Servilio era muito querido e deixou saudades por onde passou.

Dom Cláudio, amigo pessoal do papa Francisco, destacou em sua homilia que em conversa com o Santo Padre afirmou que todos os missionários e missionárias deviam ser santos, pois se dedicam com muito amor à Missão. "Dom Servilio foi muito despojado e sempre disponível. Agradeçamos a ele pelo exemplo que nos deixou como homem de fé e de exemplo missionário", disse.

Ao final da celebração, padre Durvalino Condicelli, imc, deu seu testemunho, afirmando que recebeu a Primeira Eucaristia das mãos de dom Servilio e também aceitou o convite do então padre Servilio quando este perguntou à alguns meninos de São Manuel: "quem de vocês quer ser padre?"

O arcebispo de Botucatu enviou uma carta ao Superior Regional dos missionários da Consolata, apresentando suas condolências.

Um ônibus com cerca de 30 amigos de dom Servilio veio de São Manuel para a celebração. A vereadora Letícia Castaldi representou o prefeito, Marcos Monti. Bastante emocionada, afirmou que por onde passou, dom Servilio deixou "um legado de humildade" e "que ele tinha uma fé inabalável". Antonio Carlos afirmou que "dom Servilio era muito querido, batizou minha filha e casou minha sogra, Terezinha Novelli, há 60 anos em São Manuel. Vai fazer muita falta para nós". Rogéria Isabel Bertozo Solano, assinante da revista Missões também veio de São Manuel. "Dom Servilio amava a Santa Cruz e faleceu no dia em que a igreja faz memória de sua exaltação". Rogéria viajou para a Itália com dom Servilio, acompanhada do filho Camilo em 2007. Conheceu os parentes do bispo, foi até Turim, na Casa Mãe da Consolata e também visitou a casa onde viveu Gianna Beretta Mola com dom Servilio. "Foi ele quem construiu a primeira capela de Santa Gianna no Brasil, em São Manuel", afirmou. Fátima Piccoli Lenski também se recorda com carinho de dom Servilio, afirmando que todos os presentes que levava para ele, eram distribuídos para quem precisasse. Helenita Peres se recorda emocionada que era motorista de dom Servilio em São Manuel e que preparou vários almoços de despedida em sua casa, junto com o bispo de Botucatu, dom Antônio, amigo pessoal de dom Servilio. "Eu perdi as contas de quantos almoços preparei. Dom Servilio se despedia, mas acabava voltando", conta.

Ricardo de Oliveira Siqueira, enfermeiro da Casa Regional dos missionários da Consolata acompanhou os últimos meses de vida de dom Servilio. Ricardo afirma que mesmo bastante debilitado, nunca se queixava. Lembra de sua simplicidade, humildade e seu exemplo de oração. "Um dia entrei em seu quarto e ele me perguntou se eu estava com frio. Eu disse que estava, e ele me disse: eu tenho duas blusas, se você quiser, te dou uma".

O corpo de dom Servilio seguirá hoje para Boa Vista, capital de Roraima, onde será sepultado.

Veja fotos da missa

Fonte: Revista Missões

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