ACNUR pede à UE ação urgente para acabar com mortes de migrantes e refugiados no mar

ACNUR

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) pediu aos países da Europa uma atitude urgente para reduzir o número de mortes de migrantes e refugiados, após mais de 260 pessoas terem morrido ou desaparecido, neste mês de julho, ao tentarem cruzar o Mar Mediterrâneo a caminho do continente.

Sobreviventes relataram incidentes perturbadores de afogamentos em massa, sufocamentos e uma suspeita de múltiplos esfaqueamentos, disse o ACNUR em comunicado divulgado em Genebra. A contagem traz para cerca de 800 o número total de mortes no mar até agora neste ano, em comparação com um total de 600 mortes em todo o ano de 2013, e 500 em 2012. "A morte de 260 pessoas em menos de 10 dias, nas mais terríveis circunstâncias, é uma prova de que a crise do Mediterrâneo está se intensificando", disse António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. "Os europeus precisam tomar medidas urgentes para impedir que esta catástrofe piore na segunda metade de 2014."

As tragédias marcam uma crise que se intensifica na costa da Europa, com muitas pessoas fugindo da Eritreia, Síria e outros países devastados pela violência, em busca de segurança no continente europeu e arriscando suas vidas ao fazer a travessia por meio de "coiotes".

Mais de 75 mil refugiados e migrantes chegaram à Itália, Grécia, Espanha e Malta por via marítima no primeiro semestre de 2014 - 25% a mais do que os 60 mil que fizeram a mesma viagem em todo o ano de 2013 e
mais de três vezes mais que os 22.500 que chegaram em 2012.

Fonte: www.acnur.org.br

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