Sergio Mora
No dia em que foi encerrada no México a reunião sobre imigração de menores, de cuja abertura participou o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolín, e à qual o papa Francisco enviou uma mensagem, a polícia descobriu 458 menores e 138 adultos vivendo como escravos num albergue-cativeiro do país.
Após denúncia de sequestro de cinco menores, feita há um ano, a polícia invadiu o abrigo A Grande Família, no Estado de Michoacán, e encontrou as vítimas em situação de escravidão.
Cinco pessoas asseguravam, em suas denúncias, que o internato retinha os seus filhos menores pela força. Além destes cinco sequestrados e dos demais reféns, foram encontrados 6 bebês, de dois meses a três anos, vivendo em condições de abuso e insalubridade.
A diretora e fundadora do albergue, Rosa del Carmen Verduzco, obrigava as crianças a pedir esmola e lhes impunha condições de vida indecentes, com abusos de todo tipo.
De acordo com as primeiras informações, os bebês eram registrados como filhos de Verduzco e afastados dos pais biológicos. Uma das vítimas relatou que, quando completou 18 anos, pediu que Verduzco a deixasse sair do internato, mas ela a manteve presa durante mais 13 anos. A vítima teve duas filhas que não puderam ser registradas em seu nome e que também eram mantidas privadas de liberdade.
Outras 8 pessoas que trabalhavam no local foram presas. Vários pais de família, alertados pela polícia, estão prestando depoimentos.
Fonte: www.zenit.org