Radio Vaticana
Foi apresentado no final da manhã desta sexta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, o encontro de oração pela paz a ser realizado nos Jardins Vaticanos no próximo domingo, reunindo o Papa Francisco e os presidentes palestino e israelense. O objetivo do briefing foi explicar em modo articulado e preciso o desenvolvimento do encontro.
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, iniciou o encontro com os jornalistas recordando as palavras do Papa Francisco ao convidar os Presidentes Mahmoud Abbas e o Shimon Peres para rezarem juntos pela paz no Oriente Médio.
O evento terá início no final da tarde de domingo com a chegada dos dois presidentes ao Vaticano. O Presidente israelense deverá chegar às 18h15min e o Presidente Palestino às 18h30min, sendo recebidos na Casa Santa Marta pelo Santo Padre, para um breve colóquio. Por volta das 18h45min os três se encontrarão no hall da Casa Santa Marta, onde também estará presente o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I. Posteriormente, seguirão juntos num micro-ônibus até o local do encontro de oração. Eles serão acompanhados pelo Custódio da Terra Santa, Pe. Pierbattista Pizzaballa.
O local do encontro - um gramado triangular, delimitado por cercas-vivas - situa-se entre a Casina Pio IV e os Museus Vaticanos. O espaço faz limite com o edifício dos Museus e é orientado para a Cúpula de São Pedro. O Papa Francisco, o Patriarca Bartolomeu e os dois Presidentes ficarão no vértice deste triângulo, enquanto num dos lados estarão dispostos as delegações e os cantores e músicos e a imprensa no lado oposto, no lado aberto para os Museus.
Após os protagonistas do encontro terem se posicionado - o Papa ficará entre os dois Presidentes: o Presidente Peres à direita e o Presidente Abu Mazen à esquerda - e o Patriarca em uma cadeira próxima, numa posição especial - terá início a cerimônia de invocação pela paz.
Inicialmente haverá uma abertura musical e um breve comentário, em inglês, que explicará o desenvolvimento da cerimônia, seguido por três momentos que se desenvolverão na ordem cronológica das três religiões, isto é, antes o momento do judaísmo, após o do cristianismo e depois o do Islã. O momento judaico terá textos em hebraico; o momento cristão textos em inglês, italiano e árabe e o momento muçulmano textos em árabe.
O desenvolvimento do evento observará o seguinte esquema: antes, um momento de agradecimento e louvor a Deus pela Criação, após um momento de tomada de consciência e pedido de perdão, seguido por um momento de invocação pela paz. Estes momentos serão intercalados por interlúdios musicais muito simples, aos cuidados de Mons. Palombella, com a colaboração de músicos.
Após estes três momentos - que são a parte substancial da invocação pela paz -, haverá uma breve leitura em inglês que introduz o último momento, com os pronunciamentos do Santo Padre, do Presidente Peres e do Presidente Mahmoud Abbas, que dirão palavras que julgarem apropriadas ao momento e as suas invocações pela paz.
Após os três pronunciamentos, haverá um gesto de paz - provavelmente um aperto de mão comum - seguido pelo plantio de uma oliveira, gesto habitual nestes momentos em que se reza ou se encontra em favor da paz. Depois disto, os quatro serão saudados pelas delegações.
Sucessivamente, os quatro protagonistas do encontro se dirigem ao prédio da Academia das Ciências situada a poucas dezenas de metros de distância, onde no pátio oval chamado "Ninfeo", terão um encontro reservado longe das câmaras e dos jornalistas. Terminado o encontro, cada Presidente entra no seu automóvel, para deixar o Vaticano, enquanto o Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu se dirigem à Casa Santa Marta.
O Padre Lombardi recordou que o início da invocação pela paz, propriamente dita, deverá ser por volta das 19 horas e terá uma duração aproximada de 1 hora, prevendo-se assim o término da cerimônia por volta das 20h30min - 20h40min.
A Rádio Vaticano vai transmitir a cerimônia, com comentários em português, a partir das 18h30min, horário italiano (13h30min, horário brasileiro). (JE)
Fonte: Site Radio Vaticano