Victor Mbesi Wafula
No domingo, 25 de maio de 2014, no bairro Pedra Branca, setor Mandaqui na Região Episcopal de Santana, na Zona Norte da capital, a comunidade de São Marcos foi elevada solenemente à Paróquia. Sob um clima frio e com garoa, a Igreja de São Marcos foi aos poucos ficando cada vez menor, conforme foi chegando gente.
A celebração Eucarística foi solenizada pela presença do cardeal da arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer e dom Sérgio Borges de Deus, bispo auxiliar e Pastor da Região Episcopal Santana. Estiveram presentes padres, tanto diocesanos como dos missionários da Consolata. A missa iniciou-se às 8h30 e antes de mais nada, o superior dos missionários da Consolata no Brasil, padre Luiz Carlos Emer tomou a palavra de acolhida que foi dirigida a todos que estavam presentes, e de modo todo particular ao cardeal e seu auxiliar, ao clero presente, e sem menor importância, aos fiéis congregados.
Foi feita a leitura do decreto da Criação da Paróquia por padre Mauro da Cintra Santos, missionário da Consolata que até então estava atuando como administrador desta comunidade junto com padre Stephen Erastus Murungi, ambos missionários da Consolata. Com a criação da nova paróquia, foi conferido nomeadamente o ofício de Pároco ao padre Mauro da Cintra Santos, seguindo todos os procedimentos de sinais e símbolos rituais litúrgicos requeridos em conferir tal mandato. Com a nomeação do padre Mauro como pároco, ele fica registrado como o primeiro pároco da Paróquia São Marcos Evangelista, tendo como vigário paroquial, padre Stephen Erastus Murungi. O termo vale por seis anos.
Dom Odilo, na sua homilia, fez uma clara e nítida reflexão do que significa uma paróquia, tendo em consideração sempre o povo de Deus. A paróquia, disse o cardeal, é uma comunidade de batizados chamada a realizar a missão de Jesus. A paróquia é, em essência, uma determinada comunidade de fiéis dentro da Igreja particular. Contudo, este é só um dos dois polos essenciais: a Paróquia é uma pluralidade de pessoas reunidas ao redor da Palavra de Deus e da Eucaristia (e dos demais Sacramentos), na qual se expressa e se vive localmente a comunhão da Igreja, sinal e instrumento da união dos homens com Deus e de todo o gênero humano.
A paróquia é chamada a ser comunidade de comunidades. Ela é conjunto de diversas comunidades em uma determinada área geográfica, reunidas na fé, alimentadas pela esperança e movidas pela caridade, a propagar a missão com o mesmo objetivo: anúncio do Reino de Deus por palavras e obras. Os fiéis se reúnem para viver, celebrar, e edificar a Igreja de Jesus Cristo e assim fazer acontecer o reino de Deus na terra. A edificação realiza-se através de equipes pastorais existentes na comunidade, movimentos, tudo em prol do bem da comunidade e da humanidade.
Enquanto comunidade, a Igreja de São Marcos pertencia à Paróquia da Nossa Senhora da Penha. Com o passar do tempo, a população foi aumentando e assim surgindo novas áreas geográficas e sociais de atenção pastoral. Com efeito, a Paróquia está localizada na grande São Paulo, na Zona Norte, no setor Mandaqui. O bairro tem uma população notavelmente crescente. As necessidades mais urgentes serão além da pastoral juvenil já existente na Paróquia, famílias, idosos, crianças, enfermos entre outras pastorais e movimentos que poderão ser criados. Para melhor atender às necessidades espirituais e temporais da população, Dom Odilo constatou que a evangelização deve partir do próprio Jesus Cristo, é ele que deve ser o centro da ação pastoral em todas as áreas de atuação pastoral, e principalmente partindo das famílias.
Por fim, o cardeal apelou aos fiéis a colaborar ativamente com o Pároco na sua missão de pastor, como pedras vivas no crescimento e edificação do Corpo de Cristo. A comunidade de Aparecida que até então pertencia à Paróquia Nossa Senhora da Penha passa a pertencer à Paróquia de São Marcos, e com ela outras subcomunidades ao redor que são: São José, Consolata, São João Batista, e Casa de Maria Rainha do Amor. Como paróquia, foram enumeradas três finalidades da sua missão: ser profeta, rei e sacerdote.
O novo pároco se manifestou entusiasmado e pronto para arregaçar as mangas e por-se às obras. Fez homenagem a um dos fundadores da comunidade, Sr. Domingos Aguiar em nome de todos que colaboraram de forma singular na fundação da comunidade. Um destaque especial ao padre José Radici que trabalhou incansavelmente de 1989 até dia 8 de fevereiro de 2012 quando, tendo a sua missão cumprida na terra, partiu para o Pai. Foi homenageado também o padre Spirito Sevega, um missionário ancião na paróquia.
Aos padres Mauro Cintra de Santos e Stephen Erastus Murungi, foram proferidos votos de bom trabalho e muitas realizações.
Fonte: Revista Missões