Jaime C. Patias
Os missionários da Consolata reunidos em Assembleia Continental que acontece em Bogotá - Colômbia recordaram, nesta segunda-feira, dia 3, o caminho percorrido no processo de elaboração do Projeto Missionário no Continente americano, desde o Capítulo Geral de 2011.
Dois artigos serviram de base para a reflexão: "Novo modelo de missão na e desde América (América do Sul?)", escrito pelo padre Antonio Bonanomi, e "Missão na América do Norte - de onde vem, para onde vai?", de autoria do padre canadense, Jean Paré, IMC. As discussões apontaram desafios para o futuro da Missão e destacaram elementos para o Projeto Missionário.
A Assembleia tomou conhecimento ainda, da situação do Instituto no mundo. O vice-superior Geral, padre Dietrich Pendawazima apresentou o percurso feito no processo de continentalidade, novo modelo de organizar e viver a missão na congregação. Na África cada região assumiu animar uma das dimensões missionárias escolhidas: formação (R. D. Congo); economia (Quênia); missão (Etiópia); formação permanente (Tanzânia); animação missionária e vocacional (Moçambique). Na Ásia os missionários da Consolata estão presentes na Coreia do Sul e na Mongólia. Neste país, a missão é realizada juntamente com as Irmãs missionárias da Consolata. Agora o Instituto planeja abrir uma comunidade em Taiwan para, no futuro, entrar na China. Na Europa, o berço do Instituto, foram realizados vários encontros animados pelo Conselheiro Geral para o continente, padre Ugo Pozzoli. O Projeto está sendo elaborado com a participação de todas as presenças, Itália, Portugal, Espanha e Polônia. Naquele continente, fala-se na possibilidade de formar uma única Província.
Sobre a situação econômica, padre Rinaldo Cogliati, administrador Geral, destacou as iniciativas para melhorar a economia de comunhão em toda a congregação. Segundo o administrador, apesar das dificuldades, em algumas províncias a economia melhorou.
A celebração Eucarística, no final do dia foi presidida pelo Superior Geral, padre Stefano Camerlengo que refletiu sobre a santidade do missionário. "Muitas vezes falamos da santidade como uma pessoa que é muito espiritual e reza muito. Isso é uma coisa muito boa, mas falta também outro aspecto indispensável para a santidade que é trabalhar pela libertação das pessoas, pela justiça e pela paz", disse padre Camerlengo. "Um missionário que dá a sua vida pela justiça, por um povo, para acompanhar gentes, mostra santidade de vida", disse. Em seguida recordou que uma das virtudes do Bem-aventurado José Allamano, Fundador dos Missionários e missionárias da Consolata é a de acolher bem as pessoas. "Ele dava uma atenção especial a cada um e se interessava pela vida das pessoas e das famílias".
Partilhou ainda, atitudes importantes no exercício da liderança, segundo o papa Francisco. A reflexão foi feita num encontro com os superiores gerais dos Institutos e congregações religiosas em Roma. "Saibam sempre exercer a autoridade acompanhando, compreendendo, ajudando e amando", destacou.
Sob a coordenação do conselheiro Geral IMC para a América, padre Salvador Medina, o encontro reúne 35 missionários e se estende até sábado, dia 8.
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Fonte: Revista Missões