Diácono: distribuidor de alegria!

Domingos Forte

Gerald Mulili Kimanthi, missionário da Consolata, recebeu no dia 27 de maio, pela imposição das mãos de dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo de Cascavel, a ordem do diaconato. A festa de ordenação, em pleno dia de Pentecostes, aconteceu na Igreja Matriz da Paróquia São Paulo, em Cascavel. Concelebrada pelo superior regional dos missionários da Consolata, padre Elio Rama, junto com um significativo número de padres e irmãs da Consolata, irmão Agostinho e alguns seminaristas da Congregação, além de diocesanos. Mas a presença que tornou este dia e esta celebração especial foi a da comunidade que compareceu e quase lotou a ampla igreja.

O novo diácono nasceu no Quênia, em Machakos, no dia 4 de setembro de 1979, filho de Boniface Mulili e Anastácia Mutindi. Diz que ainda garotinho começou a frequentar a comunidade para celebrar o culto, "conforme o costume da minha cultura. Recebi os ensinamentos da catequese que me deixaram impressa uma espiritualidade profunda sobre Deus Pai e o Filho, Jesus de Nazaré". Mas o que mais o marcou na gênese da sua vocação missionária "foi o encontro com os missionários Carmelitas da Índia, os exemplos que eles deram ao ter deixado sua pátria", recorda, a tal ponto de "começar a valorizar Deus como valor absoluto de meu desejo".

Dom Mauro, em sua reflexão, quis "soprar" com voz firme e forte a todos os presentes, não só ao diácono, que hoje, "a Igreja e o Mundo, precisam de missionários marcados pelo fogo de Pentecostes". Urge "acolher a coragem que o Espírito Santo nos traz", para que, sem medo, possamos levar o fogo do amor de Deus a todas as "Machakos" do planeta; afirmou que "é vital abrirmo-nos à sua luz para que a nossa inteligência possa discernir com clareza os sinais dos mistérios da fé"; recordou que o Paráclito nos "impulsiona a sairmos do comodismo e que a Igreja que Jesus fundou só tem sentido nessa missão". E só persiste nesta missão "quem for de Deus", conclui.
"Servir e servir em qualquer lugar", segundo o prelado, é o sinal que mais nos aproxima do caminho proposto por Jesus. E mais: "O Evangelho não causa vergonha nenhuma a ninguém". Antes, pelo contrário, "o Evangelho de Jesus é para promover a dignidade do ser humano". Por isso, "não tenham medo de Jesus!", a todos desafiou o arcebispo, assegurando que "a certeza da Ressurreição dará a força que precisamos".

Como é que a Consolata entrou na história da vida do diácono Gerald? Com um ligeiro sorriso nos lábios, diz que escolheu a Consolata "por causa do nome". Viu na consolação a sua vida e a missão. E quem conhece Mulili (foi assim como ele se apresentou) sabe que por detrás da sua postura meio retraída (para muitos, tímida até!), está um coração grande e acolhedor. Um de seus hobbies preferidos, além de viajar e assistir filmes, está o de visitar: famílias, amigos, quem for... os mesmos gostos de Maria (exceto o cinema... )!

À Maria, a Mãe de Jesus e nossa mãe, pedimos que o "sim" de Gerald possa ser um "Eis-me aqui" cotidiano, sempre disposto a sair, a partir, a caminhar, a visitar, a servir. Tal como nos recorda o Bem-aventurado José Allamano, fundador do Instituto Missões Consolata, "a vocação missionária é dom de Deus cujo valor só poderemos conhecer na eternidade".

Os jovens, no final da celebração, fizeram questão de agradecer a companhia e a amizade cultivada ao longo deste ano e, ao mesmo tempo, desejam que Gerald conserve para sempre o dom de ser amigo. E padre Elio também aproveitou o momento para dar graças a Deus por este dom tão grande à Igreja e lançou um pedido: "sê um distribuidor da alegria!"

Fonte: Revista Missões

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