Francisco Lerma *
Nos dias 8 e 9 de Novembro de 2011, decorreu em Maputo uma Conferência Regional sobre o Tráfico de seres humanos, organizada pela Conferência Episcopal de Moçambique em colaboração com as Conferências Episcopais dos Países da África Austral.
Os objetivos da conferência foram:
1.Tomar conciência da existência do fenômeno do tráfico de seres humanos, partes e órgãos do corpo humano na Região e no País;
2. Refletir sobre possíveis ações a empreender para conscientizar todas as camadas sociais, bem como quem de direito, tendo em vista fazer a opção de preservar a vida humana, contra todas as formas de atentado à vida, através do tráfico de seres humanos, que hoje representa uma nova forma de escravatura.
Participaram do evento cerca de 50 pessoas, entre as quais, 17 bispos de Moçambique, Diretores Diocesanos de Pastoral, representante da SECAM e da IMBISA, (organismos regionais) bem como da CIRM/CONFEREMO (Conferência dos Religiosos/as de Moçambique). Foram convidados diferentes especialistas a proferirem palestras sobre os temas em debate, nomeadamente:
1. Direios Humanos: Visão Teológica, por Dom Ernesto Maguengue, Bispo de Pemba e Secretário Geral da Conferência Episcopal de Moçambique.
2.Boas práticas da prevenção do tráfico em Moçambique, por Carlos Manjate, da rede CAME;
3. Tráfico de seres humanos na Região da África Austral, por Charles Sehlogo, da Planet Waves.
4.O Fenômeno do tráfico de seres humanos e a violêcia contra as crianças nos países da África Austral - Que desafios para a Sociedade Civil? - Painel contituido pela Dra Margarida Guitunga, Dr. Inácio Mussanhane, Corol James Sambo e o jornalista Francisco Júnior.
5. Correlação entre tráfico de seres humanos, por Francisco Junior, jornalista.
6. Correlaão entre tráfico de pessoas e tráfico de órgãos e partes do corpo humano em Moçambique, pela Dra. Alice Mabota, da Liga dos Direitos Humanos.
No decurso dos trabalhos foram idetificados vários casos concretos e abordados desafios para as diferentes camadas da nossa sociedade. Com grande consternação, os participantes verificaram que o tráfico de pessoas e tráfico de órgãos e partes do corpo humano é uma dramática realidade em Moçambique e Região e que exige, por parte dos governos, da Igreja e da sociedade civil a tomada de urgentes medidas com vista a estancar esse mal.
* Dom Francisco Lerma, IMC, bispo de Gurúe, Moçambique.
Fonte: Revista Missões