Ana Paula e Zé guimarães
Consolata aposta no futuro dos jovens. Formação profissional de jovens, dos 14 aos 20 anos, é o objectivo da Escola de Calungá, do Centro Educacional e Social da Consolata, no estado do Roraima
Com o ensino médio oficial de apenas três horas por dia, é preciso ocupar o tempo livre dos adolescentes, dando-lhe formação profissional, numa perspectiva de emprego futuro. Ao mesmo tempo, criar-lhes hábitos e disciplina. Mecânica e informática são alguns dos cursos. Os jovens chegam a levar 30 ou 40 minutos de bicicleta para chegar à escola.
A selecção dos alunos é feita tendo em conta as dificuldades económicas. A direcção da escola dá prioridade às raparigas e aos indígenas. Neste momento tem 180 alunos. Com o estágio, concluem o curso profissional de dois anos, que lhes dá acesso ao mercado de trabalho. Quase todos arranjam emprego de imediato. A divulgação da escola é feita pelos alunos que a frequentam e através da rádio católica Monte Roraima, propriedade da diocese.
Acompanhou-nos na visita Marta Aguilar, leiga missionária da Consolata, espanhola, natural de Málaga. É licenciada em história e está, há quatro anos, em Boavista. Os problemas financeiros são muitos, refere Marta. «Também aqui sentimos a crise», com os apoios financeiros vindos da Europa a diminuírem. Os amigos da Consolata de Portugal já apoiaram dois projectos da escola através de FÁTIMA MISSIONÁRIA.
Os alunos todas as semanas, durante uma hora, têm formação sobre cidadania e direitos humanos, dada pela Marta ou por um convidado. Esta semana é o casal Ester e Luís, também eles espanhóis e leigos missionários da Consolata. Trabalharam seis anos em Roraima.
Fonte: www.fatimamissionaria.pt