Natureza e finalidade da Missão

CNBB

A missão é parte constitutiva da identidade da Igreja chamada pelo Senhor a evangelizar a todos os povos: "Sua razão de ser a agir como fermento e como alma da sociedade, que deve renovar-se em Cristo e transformar-se em família de Deus". Por isso, a missão que se realiza como fruto da Conferência de Aparecida deve, antes de tudo, animar a vocação missionária dos cristãos, fortalecendo as raízes de sua fé e despertando sua responsabilidade para que todas as comunidades cristãs se ponham em estado de missão permanente.

Se trata de despertar nos cristãos a alegria e a fecundidade de ser discípulos de Jesus Cristo, celebrando com verdadeiro gozo o "estar-com-Ele" e o "amar-com-Ele" para sermos enviados para a missão. "Não podemos deixar passar em branco esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes! Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar o dom do encontro com Cristo, que plenificou nossas vidas de "sentido", de verdade e de amor, de alegria e de esperança!".

Assim, a missão nos leva a viver o encontro com Jesus num dinamismo de conversão pessoal, pastoral e eclesial capaz de impulsionar à santidade e ao apostolado os batizados, e atrair os que abandonaram a Igreja, os que estão distantes do influxo do Evangelho e os que ainda não experimentaram o dom da fé.

A missão é uma marca constitutiva da Igreja
Um objetivo essencial da Missão Continental é tomar consciência de que a dimensão missionária é parte constitutiva da identidade da Igreja e do discípulo do Senhor. Por isso, a partir do Kerigma, ela pretende vitalizar o encontro com Cristo vivo e fortalecer o sentido de pertença eclesial, para que os batizados passem de evangelizados a evangelizadores e, através de seu testemunho e ação evangelizadora, nossos povos latino-americanos e caribenhos cheguem a ter vida plena n'Ele.

Para alcançar este objetivo "todos os batizados são chamados a ‘recomeçar a partir de Cristo', a reconhecer e seguir sua Presença com a mesma realidade e novidade, o mesmo poder de afeto, persuasão e esperança, que teve seu encontro com os primeiros discípulos nas margens do Jordão há 2000 anos, e com os ‘Juan Diego', do Novo Mundo. Só graças a este encontro e seguimento, que se converte em familiaridade e comunhão, transbordante de gratidão e alegria, somos resgatados de nossa consciência isolada e saímos para comunicar a todos a vida verdadeira, a felicidade e a esperança que nos tem sido dada a experimentar e a nos alegrar".

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