EPA
Os(as) participantes no XI Encontro de Pastoral Afroamericano (XI EPA), realizado na cidade de Panamà, de 3 a 7 de agosto de 2009, com a participação de países da América Latina e Caribe (Mèxico, Honduras, Nicaragua, Costa Rica, Panamá, Colombia, Venezuela, Haiti, Equador, Perù, Brasil e Uruguay), reafirmamos o compromisso histórico iniciado em 1980, gestado pelas Igrejas locais de Buenaventura (Colombia) e Esmeraldas (Equador).
Durante estes 29 anos, caminhamos como povo negro, percorrendo espaços e avançando na formação de equipes pastorais nacionais, chamadas a dar respostas sobre a inculturação do evangelho nos diferentes contextos sociais do nosso povo.
Iluminados pelos EPAs precedentes, nestes 29 anos, vivenciamos a valorização dos saberes tradicionais dos nossos ancestrais e a contribuição das juventudes, a luta contra o racismo e a discriminacao racial, o papel da mulher nos diferentes espaços da sociedade.
Com muita firmeza acentua-se a expressão "globalizemos a solidariedade" e, em resposta, lança-se a ideia da contribuição de l dólar (um dólar) por participante, como sinal de que devemos fazer em todos os EPAs, para continuar o "Fundo de Solidariedade da Pastoral Afrocontinental".
A Conferência de Aparecida foi marcante e deve ser o tema inspirador para o processo da Pastoral Afrocontinental, assim como terá importância na planificação de nossas metas e sonhos traçados.
Cada EPA, tem-se convertido num caminho firme e indelével, que visibiliza nossas metas:
- fortalecimento da auto estima e identidade;
- acolhida, resposta e compromisso de cada país sede do EPA;
- motivacao no trabalho de pesquisa e de produção de materiais pertinentes à realidade local, com projeção latinoamericana, em interação com as novas tecnologías e os processos etnoeducativos;
- que se torne realidade a articulação da Pastoral Afroamericana com os movimentos sociais, criando espacos formativos que incidam nas políticas pùblicas, em cada um dos países;
- a corporeidade, a alegria, o colorido e a criatividade devem estar presentes na espiritualidade afroamericana e celebradas na liturgia catòlica.
Foi significativa a presença participativa dos Bispos comprometidos com a causa afrocontinental, como também o acompanhamento do CELAM.
Por tudo isso, à luz de Aparecida, reafirmamos nosso compromisso de assumir e tornar realidade a Pastoral Afroamericana em nossos respectivos países; gerando sinais visíveis de solidariedade que dignifiquem a vida e a condição dos nossos povos, iluminados por um Deus, que assume e potencia nosso ser de mulheres e homens afroamericanos.
Os participantes do XI EPA no Panamá.