Despedida marca comunidade equatoriana

Cecília Soares de Paiva, jornalista Oeste 1CNBB

Trocas de endereços, promessas de visitas, pedidos, agradecimentos e muita emoção marcaram as orações no encontro de despedida dos congressistas brasileiros que se hospedaram nas famílias da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Andalucia, em Quito, Equador.

O pároco padre Ramiro Rodríguez, agradeceu a Deus a partilha da importante caminhada da Igreja por ocasião do 3º Congresso Missionário Americano e fez o convite para os brasileiros retornarem: "todos são sempre bem-vindos a Quito e, sem necessidade de pretextos, podem vir a qualquer tempo."

Padre Crispim Guimarães, de Dourados-MS, listou um roteiro para as famílias presentes, ressaltando que todos seriam muito bem recebidos em todos os estados brasileiros, pois ali estavam missionários de todos os cantos do Brasil.

De mãos dadas, o grupo concedeu a palavra ao padre caçula do grupo, Danilo Elian, de Cáceres-MT. Este agradeceu a acolhida dizendo que todos são como se fossem sua família, afirmando ter sido uma grande experiência ver um povo alegre, acolhedor, que aquece o coração.

Para Maria Troya, hospedar o padre Evandro Stefanello foi como fazer a acolhida de um filho em sua casa.
"Mais do que chegar, o difícil é partir. Porém, é preciso fazer bem o trabalho missionário, como ocorreu aqui. O que foi feito para um de nós, foi igualmente feito para todos. O carinho e a atenção oferecidos demonstraram a forte união desta comunidade," agradeceu padre Evandro, de Cáceres-MT.

Ao padre diocesano Ubajara Paz de Figueiredo, de Campo Grande-MS, coube o apelido de "Papá" do grupo. Esse agradeceu, primeiramente a Deus pelos seus 43 anos de sacerdócio a serem completados em janeiro de 2009, e "a verdadeira acolhida missionária demonstrada por todos os equatorianos." Padre Uba, como é conhecido, completou sua oração declarando ser por meio dessas experiências participativas que se renova o Espírito e se manifesta o elo que une os cristãos.

Nas orações, foi recordado o discurso de Dom Erwin Krautler sobre Jesus não ter sido um pedreiro para construir muros, mas um carpinteiro para fazer portas e janelas. "Não podemos ficar aqui, temos que partir para a missão. Mas iremos levar no coração, a comunhão vivida na paróquia Nossa Senhora de Fátima de Andalucia, uma Igreja de pessoas, de comunhão", observou padre Jaime Carlos Patias, diretor da Revista Missões e componente da Imprensa Missionária para cobertura do Cam 3- Comla 8.

Junto à Igreja matriz encontra-se o Mosteiro da Visitação que abriga mais de 30 irmãs vivendo em contemplação. Ir. Francisca Margarita, com 43 anos de vida contemplativa, dirigiu palavras de agradecimentos ao grupo. À seguir, entoaram uma canção feita especialmente para a despedida dos congressistas.

Emocionados os missionários e missionárias ouviram vozes angélicas cantarem: "Almas todas escutai, sou missionário que leva de Deus o amor, mensageiros da Palavra feita vida. Como o sol brilha no céu, assim brilhou de vocês a presença em Equador. Escutai hoje nosso canto e a voz do mundo que vos agradece o sacrifício que fazeis por Cristo".

Fonte: Revista Missões

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