UNE, UBES e ANPG convocam marcha contra a redução da maioridade penal

Assessoria de Imprensa

União Nacional dos Estudantes, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e Associação Nacional dos Pós-graduandos prometem a maior manifestação pública já realizada sobre o tema e querem barrar a proposta no Congresso

Caravanas de estudantes de todo o Brasil estão se organizando para ir a Brasília participar de uma grande passeata na próxima terça-feira (30) contra a proposta de redução da maioridade penal no país. Mais de 200 ônibus mobilizados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG), as maiores entidades estudantis do país, levarão jovens de diversas regiões para essa que deverá ser a maior manifestação pública já realizada sobre o tema. Também participarão do ato outros movimentos de juventude, cultura, entidades sindicais, juristas, representantes da igreja e de organizações da sociedade civil contrárias à medida.

"Estamos todos os dias indo até o gabinete de cada um dos deputados fazer essa disputa de ideias e mostrar o porquê da juventude ser contra a redução da maioridade penal, esclarecendo que o futuro está em jogo. Nossa expectativa é fazer com que essa pressão barre o retrocesso, barre a redução. Queremos mais políticas públicas para a juventude, mais escolas e menos cadeias", declara a presidenta da UBES, Bárbara Melo.

"A redução da maioridade penal, que foi vergonhosamente aprovada pela comissão especial que trata da matéria, é um retrocesso perigoso para um Brasil que ainda não transformou as bases sociais das crianças e adolescentes e que, simultaneamente, possui um dos piores modelos carcerários de todo o planeta", explica a presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral.

STF garante presença dos estudantes na votação

A UNE, a UBES e a ANPG conseguiram no Supremo Tribunal Federal a garantia de acompanhar as votações da proposta de emenda constitucional 171, que trata da redução, dentro do Congresso. No último dia 10 de junho, estudantes foram agredidos pela polícia legislativa com gás de pimenta enquanto acompanhavam as discussões sobre o tema e retirados da Câmara. O movimento estudantil ingressou com o pedido de habeas corpus que foi aceito pela ministra Carmen Lúcia.

Desde o dia 4 de junho, as entidades estudantis realizam uma ocupação em Brasília e permanecem em vigília contra a proposta de redução da maioridade e também contra os recentes cortes do governo federal na área da educação. Os estudantes querem a revisão da atual política de ajustes do país, sem prejuízo dos investimentos públicos nas escolas e universidades.

Fonte: www.revistamissoes.org.br

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