Oriente Médio: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre visita cristãos no Líbano e Iraque

Agência Ecclesia

A diretora da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) em Portugal vai visitar a partir de amanhã, quarta-feira comunidades cristãs e responsáveis da Igreja no Líbano e Iraque, para conhecer preocupações destas populações perseguidas.

"Há muito para fazer, infelizmente, porque não nos podemos esquecer que todas estas pessoas deixaram tudo para trás, ficaram sem nada, só podem sobreviver com a ajuda da comunidade internacional", disse hoje Catarina Martins à Agência ECCLESIA.

A AIS lançou nesta Quaresma uma campanha de apoio aos cristãos no Oriente Médio, que foi acolhida em várias dioceses portuguesas, que destinaram para esta finalidade a chamada ‘renúncia quaresmal'.

A Fundação AIS apoia comunidades religiosas que se encontram no terreno e que trabalham diretamente com as populações mais carentes.

Catarina Martins vai integrar uma equipa internacional que durante duas semanas vai ver de perto como têm sido aplicados os donativos, afirmando que os pedidos de ajuda chegam "todos os dias".

"Há sempre necessidade, com mais pessoas precisando de ajuda", adianta.

Os conflitos sem fim à vista encontram no Ocidente uma opinião pública "sedada" face ao crescimento da tragédia, em particular no que diz respeito ao sofrimento dos cristãos.

"Os últimos quatro anos têm sido, de fato, uma Via-Sacra", afirma a diretora da AIS em Portugal.

Esta responsável admite que, apesar de toda a informação que vai chegando do terreno, não sabe o que vai encontrar, especialmente do ponto de vista humano.

"Como é que nós reagiríamos se fôssemos obrigados a sair da nossa casa, levando apenas o que temos vestido, muitas vezes deixando a família para trás, uns porque se perderam, outros porque foram assassinados? É uma Via-Sacra que têm vivido e é difícil de ultrapassar", explica Catarina Martins.

A diretora da AIS defende uma mobilização da sociedade civil que obrigue "os governos a tomar posições mais fortes", travando a "hipocrisia" de quem condena a violência mas continua a vender armas.

Fonte: www.agenciaecclesia.pt

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