Na luta pela terra, as ameaças de morte são constantes

Karla Maria *

Há cinco anos, irmã Dorothy fora assassinada. Um dos principais acusados, de ser o mandante do crime, o fazendeiro Regilvado Pereira do Galvão, conhecido como Taradão, ainda não foi a julgamento. Segundo entrevista concedida à Agência Brasil, o procurador da República do Pará, Felício Pontes, o caso da irmã Dorothy, demonstra como a lei no Brasil "favorece" àqueles que possuem poder econômico. Outros criminosos, que participaram do assassinato da missionária estão presos. Amair Feijoli da Cunha, intermediário do crime, cumpre pena de 18 anos e os pistoleiros Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo e Rayfran das Neves, foram condenados respectivamente a 18 anos e 17 anos de prisão.

Irmã Geraldina
As mortes parecem não ter fim na luta por terra, ao menos as ameaças não cessam. Em entrevista a Caros Amigos, edição de janeiro de 2010, Geralda Magela da Fonseca, a irmã Geraldina, 47 anos, está sob ameaça de morte na região do Vale do Jequitinhonha, em Salto da Divisa - MG.

Junto ao MST a irmã luta por Reforma Agrária e denuncia as arbitrariedades dos donos da terra na região. A freira dominicana, segundo a reportagem vive a mais de três anos no Acampamento do MST Dom Luciano, onde residem 75 famílias. Há cinco meses recebeu a primeira ameaça pelo celular, desde então ela alterna diariamente o barraco em que vai dormir para despistar os que a ameaçam.

* LMC, estudante de jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo.

 

Fonte: Revista Missões

Deixe uma resposta

2 × dois =