São José na devoção popular

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No segundo episódio da reflexão sobre o Ano de São José, convocado pelo papa Francisco com a carta apostólica Patris Corde (com o coração de pai), padre Alfredo J. Gonçalves, missionário scalabriniano e vice-presidente do Serviço de Proteção ao Migrante, discorre sobre São José na devoção popular.

Surpreende o número de pessoas que, no mundo inteiro e ao longo da história, foram batizadas com o nome de José. Desnecessário deter-se em pesquisas para constatar que esse é o nome mais recorrente em praticamente todos os povos e culturas do mundo ocidental. No judaísmo, no cristianismo católico ou protestante e nos movimentos religiosos derivados, José se impõe como nome quase obrigatório de um dos filhos de não poucas famílias. Mesmo entre os que recebem outro nomede pia, muitos tratam de intercalar José como intermediário entre nome e sobrenome.

A surpresa é ainda maior se nos detemos sobre determinadas manifestações da devoção popular a São José. É sem dúvida uma das mais disseminadas no universo católico. No Nordeste brasileiro, por exemplo, o dia do santo, 19 de março, constitui, ao mesmo tempo, um marco para a carência ou a abundância de chuvas e, consequentemente, um marco para o novo plantio. De acordo com uma crença popular bastante generalizada, se a estiagem se prolongar além do dia de São José, o ano tende a ser pobre em feijão, milho, batata, mandioca, inhame etc. Chuva no “São José” (19 de março) significa milho no “São João” (24 de junho). Por outro lado, não são poucos os religiosos e os sacerdotes que, respectivamente, fazem sua profissão perpétua, ou se ordenam presbíteros, exatamente nesse mesmo dia.

Na próxima edição da série, padre Alfredo reflete sobre São José e as migrações.

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