Seita no Quênia incentiva greve de fome e mata mais de 100

Líder de seita religiosa incentivava seguidores a jejuar para encontrar Jesus. 90 corpos foram encontrados e 112 pessoas estão desaparecidas.

Por Redação

Uma seita religiosa no Quênia está sendo investigada após a descoberta de vários corpos de fiéis que seguiram as ordens do líder da igreja para jejuar. Desde a semana passada, 90 corpos foram encontrados em uma vala comum em uma área de mata em Malindi, leste do país, segundo informações do ministro do Interior. As autoridades acreditam que o número de mortos pode ser ainda maior, pois muitos adeptos da seita ainda estão escondidos na floresta, jejuando.

O líder da seita, identificado como Makenzie Nthenge, foi preso, mas muitos seguidores ainda estão em greve de fome. De acordo com a polícia, Nthenge incentivava seus seguidores a jejuar para "encontrar Jesus", o que representa um grande risco para a saúde. As investigações apontam que os seguidores acreditavam que passar fome poderia levá-los ao céu.

Além dos mortos, a Cruz Vermelha do Quênia disse que 112 pessoas estão desaparecidas e 11 fiéis foram hospitalizados após receberem ajuda na região de mata conhecida como Shakahola. Uma mulher foi encontrada com os olhos esbugalhados e recusando-se a ingerir alimentos antes de ser transferida em uma ambulância.

O fundador da seita já tinha sido detido em março deste ano, também por problemas envolvendo a igreja, e solto após pagar fiança. A polícia afirmou que recebeu informações sobre várias pessoas "mortas de fome com o pretexto de conhecer Jesus depois que um suspeito, Makenzie Nthenge, fez nelas uma lavagem cerebral".

Os corpos exumados da área de 800 acres da floresta Shakahola foram identificados como seguidores da Igreja Internacional das Boas Novas, fundada por Nthenge. A investigação ainda está em andamento para encontrar os desaparecidos e identificar a extensão total dos danos causados por essa seita perigosa.

Com informações da g1.com.br

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