Joseph Onyango Oie *
Março: Para que se reconheça cada vez mais o contributo específico da mulher na vida da Igreja.
Desde a fundação da Igreja até hoje, a mulher assumiu um papel fundamental na vida não só eclesial, mas inclusive social, pelo seu contributo específico para enfrentar a vida cotidiana. A Igreja está ciente do contributo específico da mulher para o serviço do Evangelho da esperança. A história da comunidade cristã atesta que as mulheres sempre tiveram um lugar de relevo no testemunho do Evangelho.
Recorde-se tudo o que elas fizeram, muitas vezes em silêncio e sem dar nas vistas, para acolher e transmitir o dom de Deus, seja mediante a maternidade física e espiritual, a ação educativa, a catequese, a realização de grandes obras de caridade, seja através da vida de oração e contemplação, das experiências místicas e da redação de escritos ricos de sabedoria evangélica. Somos conscientes da presença das mulheres na vida da Igreja, seja na vida consagrada, na vida laical e como elas atuam nas obras sociais.
A Igreja reconhece, confia e promove a dignidade da mulher, porque é idêntica a dignidade da mulher e a do homem, criados ambos à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1, 27) e enriquecidos cada um de dons próprios e particulares. Ela (a Igreja) não deixa de levantar a sua voz para denunciar as injustiças e as violências perpetradas contra as mulheres, sejam quais forem o lugar e as circunstâncias em que aconteçam.
Plenitude da pessoa
Neste mês, a intenção do papa nos lembra que será necessário estudar "critérios e modalidades novas para que as mulheres não se sintam hóspedes, mas participantes de pleno direito dos diversos âmbitos da vida social e eclesial" Nesta perspectiva, é essencial ter consciência de que a relação homem-mulher, portanto, deveria reconhecer que ambos são necessários, devido a que possuem sim uma natureza idêntica, mas com modalidade própria. "A uma é necessária o outro e vice-versa, a fim de cumprir realmente a plenitude da pessoa".
Portanto, devemos abrir o espaço para as mulheres na Igreja e acolhê-las, levando em conta as mudanças culturais e sociais. "É desejável, afirma o papa Francisco, uma presença feminina mais extensa e incisiva nas comunidades, de modo que seja visível e numerosa sua participação nas responsabilidades pastorais, no acompanhamento das pessoas, famílias e grupos, bem como na reflexão teológica".
Portanto, neste mês, rezemos para que a vocação feminina e o número das mulheres que contribuem no dia a dia da Igreja possam crescer cada vez mais e que muitas mulheres se sintam chamadas e acolhidas nesta obra iniciada por Cristo.
* Joseph Onyango Oie, imc, é seminarista queniano em Brasília, DF.
Fonte: Revista Missões