Ecclesia
O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal D. Pietro Parolin, destacou, no contexto da visita do Papa Francisco à Coreia do Sul, que a Igreja transformou-se "numa planta vigorosa" e que de "terra de missão, tornou-se missionária".
"Nos últimos 50 anos a semente de mostarda da comunidade cristã coreana, graças também à garantia da plena liberdade religiosa, transformou-se numa planta vigorosa com tantos ramos. A Coreia, terra de missão, tornou-se missionária", analisou o Secretário de Estado do Vaticano à revista italiana Famiglia Cristiana.
Na entrevista concedida no contexto da viagem do Papa Francisco à Coreia do Sul, entre os dias 13 a 18 de agosto, D. Pietro Parolin considerou que a Igreja local nesta visita vai ter "a oportunidade de refletir novamente sobre o papel e a missão na difusão da Boa Nova e sobre o crescer da paixão missionária".
Atualmente existem 957 missionários, sacerdotes religiosos e religiosos coreanos que atuam em 77 países na Europa, Oceânia, América Latina e, em particular, na Ásia.
Uma pesquisa, citada pela agência News.va, revela que a Igreja Católica na Coreia do Sul conta com 5.442.996 fiéis, quando em 1955 eram 250 mil, numa população de 52.127.386 habitantes.
"É a organização religiosa com maior influência na sociedade local", destacou o cardeal.
Segundo D. Pietro Parolin, a contribuição da Igreja Católica para o desenvolvimento da Coreia "é muito apreciada".
O Secretário de Estado destacou os 328 institutos de educação, "escolas maternas, superiores, universidades e centros de educação especial", também 200 centros caritativos e sociais, 40 hospitais, nove leprosários, 513 casas para idosos, inválidos e deficientes, 277 orfanatos e jardim-de-infância, 83 consultórios familiares e ainda centros para a proteção da vida.
Neste contexto de participação ativa na sociedade sul coreana, o prelado indicou o reconhecimento "atribuído aos católicos pela sua leal e diligente participação na vida civil, a abordagem específica no desenvolvimento humano" através da "difusão dos ideais evangélicos".
Para o responsável católico "é palpável que o Evangelho é capaz de inculturar-se e levar frutos a todos os ambientes", tal como aconteceu na história da Coreia do Sul.
D. Pietro Parolin, no âmbito da liberdade religiosa, comentou também a situação dos cristãos na China afirmando que "a Igreja Católica é viva e ativa" mas na fidelidade ao Evangelho "caminha com condicionamentos e dificuldades".
"A Santa Sé é a favor de um diálogo respeitoso e construtivo com as autoridades civis (chinesas) para encontrar soluções para os problemas que limitam o pleno exercício da fé dos católicos e para garantir o clima de uma autêntica liberdade religiosa", concluiu o Secretário de Estado do Vaticano.
Fonte: www.agencia.ecclesia.pt