Fabiano Farias de Medeiros
"Não temas, darás ao mundo uma luz que tornará mais clara a própria luz. Por isso, chamarás Clara à menina", assim dizia Deus ao casal Favarone de Offreduccio e Hortolana acerca do nascimento de Clara que ocorreu em 16 de julho de 1193 em Assis na Itália. Sua família era de origem nobre e desde cedo a jovem recebeu esmerada educação tendo em vista um futuro de sucesso. Mas isso não estava nos planos da jovem que despertou para a vida religiosa ao conhecer os ensinamentos de São Francisco de Assis.
Sua família demonstrou-se contrária a vivência da jovem e no dia 18 de março de 1212 ela fugiu de casa e foi à igreja de Santa Maria dos Anjos para ser acolhida por Francisco de Assis que lhe cortou o cabelo e deu um hábito para que a mesma professasse seus votos. Seus pais inconformados ouviram da jovem: "Deveis saber que não quero outro esposo, senão a Jesus Cristo. A este escolhi e não mais o deixarei".
Clara ingressou no mosteiro de São Paulo das Abadessas indo depois para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde após um tempo foi conduzida por Francisco ao Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda Franciscana, das monjas que ficou conhecida como Clarissas. Francisco escreveu então as regras para as monjas que foram aprovadas no ano 1215 pelo Papa Inocêncio III. A este caminho também se uniram Inês e Beatriz, irmãs de Clara e sua mãe. Com a morte de seu pai, distribuiu os bens entre os pobres.
A tradição nos apresenta Clara de Assis como uma verdadeira luz em meio às trevas da decadência e esvaziamento da fé em sua época. Formou com tamanha santidade e disciplina suas filhas espirituais. Era uma jovem de profunda caridade e oração e intensas mortificações. Após a morte de São Francisco, Clara deu continuidade à sua magnífica obra de pobreza e testemunho de fé. Defendeu ainda a cidade de Assis contra o ataque dos sarracenos empunhando o Santíssimo Sacramento.
Clara de Assis faleceu no dia 11 de agosto de 1253, recebendo do Papa Inocêncio a aprovação para as Clarissas e foi canonizada em 1255 pelo Papa Alexandre IX.
Fonte: www.zenit.org
