Dani Romero
O Instituto Missões Consolata realizou mais um sonho no início deste mês de agosto: uma nova abertura missionária em Angola. A Congregação missionária, fundada pelo Bem-aventurado José Allamano em 1901, na Itália, e hoje espalhada por 24 países em quatro continentes, já estudava uma nova Missão no continente africano desde 2005, data da realização do XI Capítulo Geral.
Os três primeiros jovens missionários que foram para Angola são os padres Fredy Gomez, colombiano Sylvester Ogutu, queniano e Dani Romero, venezuelano. Atualmente eles se encontram na cidade de Viana, município de Luanda, hospedados pelos missionários xaverianos de Yarumal.
A diocese de Viana é relativamente pequena geograficamente, mas com muitíssima população vinda das províncias do interior. Há paróquias exageradamente grandes, não tanto geograficamente, mas populacionalmente.
O bispo diocesano dom Joaquim Ferreira Lopes, OFM, acolheu com muita alegria os novos missionários, agradecendo ao Instituto por começar a trabalhar e produzir vida nova nessa porção do Reino de Deus. Confiou aos cuidados dos missionários todo o Distrito de Kapalanga, desmembrado da Paróquia Santíssima Trindade e que no futuro próximo será a Paróquia de Santo Agostinho.
No dia 17 de agosto, os missionários da Consolata assumiram oficialmente por mãos de dom Joaquim Ferreira Lopes, a nova quase-paróquia de Santo Agostinho, composta por sete comunidades de base. Esta entrega aconteceu junto ao povo de Deus, numa grande celebração eucarística, cheia de muita alegria e esperança. O bispo diocesano disse aos presentes: "para um melhor atendimento pastoral da diocese de Viana, hoje, nós, cheios de gratidão ao Senhor, recebemos em nosso meio e apresentamos a todos vocês estes três jovens missionários da Consolata, para que junto convosco construam um novo sonho, uma nova página da vossa história, de se tornarem uma comunidade paroquial".
Padre Freddy Gomez, imc, em nome do Instituto agradeceu ao bispo, aos missionários de Yarumal e a todo o povo de Deus pela abertura e confiança, e por recebê-los de braços abertos para começarem esta nova experiencia missionária.
A nova quase-paróquia de Santo Agostinho conta com um grande número de fiéis, vindos de quase todas as províncias de Angola, e que fazem vida ativa nas comunidades de fé, reunidos a cada fim de semana embaixo das árvores, no terreno que tem a comunidade, por falta de estruturas mínimas.
São muitos os desafios que estes missionários enfrentarão, dentre eles o acompanhamento pastoral desta grande população, a formação do povo e das comunidades que por muitíssimos anos foram desamparadas espiritualmente por causa da guerra e a construção de pequenas estruturas vitais que ainda não têm, como o templo paroquial, salões de encontro e casa paroquial.
Fonte: Revista Missões