Redação
Marcus Eduardo de Oliveira, economista paulista, com mestrado pela Universidade de São Paulo (USP), dá dicas de como gastar o 13° salário. Cinfira:
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Aproxima-se o final do ano e, com isso, tem-se a chegada do tão esperado 13° salário. Como sempre, fica aquela pergunta no ar: o que fazer com esse ganho extra? Dentro das possíveis dicas, ao menos, duas delas merecem melhor atenção.
Para os que se encontram no sufoco financeiro, a opção a escolher é uma só: quitar dívidas; preferencialmente às que agregam juros maiores - cartão de crédito e cheque especial são, indiscutivelmente, os maiores vilões.
Para tanto, é fundamental fazer aquela "faxina financeira". Se não for possível quitar todas as dívidas, deve-se, preferencialmente, escolher então aquelas em que a "bola de neve" dos juros encobre, num curto espaço de tempo, o montante principal. Eliminar esse tipo de dívida (com cartão, com cheque especial) é imprescindível para a recuperação da "saúde financeira".
Já para os que se encontram em situação de alívio financeiro, a recomendação básica é poupar entre 30% a 40% do 13° salário para fazer frente ao famigerado mês de janeiro, período em que as contas do IPVA, IPTU, uniforme e material escolar baterão à nossa porta.
Outro importante sinal que esse ganho-extra decorrente do 13° salário nos alerta é que, em quase todos os casos, é preferível esperar o recebimento das duas parcelas para a quitação das dívidas, evitando-se, assim, na pressa, recorrer a empresas que oferecem financiamento de dívidas. Sem exceção, todas essas empresas cobram juros acima do normal. Quem opta pela ajuda dessas empresas, quando menos se dá conta, eis que a armadilha dos juros se abre à frente. Para evitar essa situação a única receita - infalível, por sinal, é nunca gastar mais do que se ganha.
As tentações são muitas em se tratando de consumo. Conquanto, algumas dicas são preciosas: uma delas é não ter limite de cheque especial acima dos valores recebidos em termos de salários e outros ganhos. Outra é não ter mais do que dois cartões de crédito. De preferência apenas um, com limite de compras também inferior aos ganhos.
Ademais, na hora de sair às compras, é bom ter em mente que janeiro e fevereiro, ainda que os apelos do comércio façam-no parecerem distantes, eles vão chegar. Portanto, fuja das "ofertas" tentadoras do famoso "compre agora e pague somente em fevereiro".
Por fim, lembre-se: o consumo consome o consumidor. Portanto, moderação!
Fonte: Revista Missões