Intenção Missionária

Júlio César Caldeira *

Mongólia é um país do norte asiático, com cerca de 2,7 milhões de habitantes, que em sua Constituição descreve e favorece o budismo, o xamanismo e o islamismo como as principais religiões. Nesse país, os cristãos eram menos de dez, em 1992, quando chegaram os primeiros missionários católicos. Após um processo de conhecimento da missão e da mensagem de Jesus, através de iniciativas sociais e do testemunho de vida de missionários e missionárias - sempre respeitando o passado do povo - conseguiu-se levar adiante o compromisso pastoral, a formação dos fiéis, o catecumenato, bem como a formação de grupos juvenis, que fizeram com que em 2007 os cristãos chegassem a 370.

Atualmente a Igreja na Mongólia conta com cerca de 70 missionários e missionárias de nove congregações religiosas provenientes de 18 países. O número de cristãos ultrapassa os 600. Mais do que números, o que se percebe é uma atitude de acolhida aos cristãos e aos valores pregados por Cristo. Um dos frutos, segundo a Agência Fides, é a abolição da pena de morte anunciada na Mongólia um ano atrás (como uma maneira de respeitar e defender a vida), bem como a entrada do primeiro jovem mongol no seminário.

Urgência da missão

Há muito sendo feito, porém, ainda há muito por se fazer... Segundo dados recentes, cerca de 70% da população mundial não conhece Jesus. Em alguns locais até ouviram falar dele, mas não tiveram a possibilidade de conhecer profundamente seus ensinamentos e atitudes de vida, presentes no Evangelho. Para isto existe a missão Ad Gentes, na qual somos todos chamados a participar.

Aí surge a pergunta que fazemos frequentemente: E eu, o que posso fazer? São três as atitudes fundamentais para se colaborar com a missão: rezar (colocar-se em atitude de oração por aqueles que partem), ajudar (aportar financeiramente para o sustento dos que partem) e partir (doar a própria vida a serviço dos irmãos). É sempre bom que estejamos atentos aos apelos de Deus, como afirmava o Bem-aventurado José Allamano, fundador dos missionários e missionárias da Consolata: "devemos desejar ardente e enamoradamente que Deus seja conhecido, amado e glorificado por todos!"

* Júlio Caldeira, imc, missionário brasileiro em Sucumbíos, Equador.

Publicado na edição Nº03 - Abril 2011 - Revista Missões.

Fonte: Revista Missões

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