Edson Assunção *
João Paulo II, em sua Carta Encíclica Redemptoris Missio, Cap. V, ao tratar dos caminhos da missão, vai dizer que aquele que percebeu o testemunho da vida cristã dos discípulos de Jesus e recebeu o primeiro anúncio do Evangelho pelos mesmos discípulos-missionários, sente em seu coração o anseio por tornar-se um de nós e, após sua conversão e batismo, passa a fazer parte da Igreja local, de forma bem concreta, em uma comunidade eclesial.
É ali, na comunidade, que vai aprender de verdade a ser cristão, para depois ser, ele também, fermento na massa, ajudando a encarnar o Evangelho em sua cultura e a promoção do desenvolvimento com a educação das consciências.
No entanto, também a comunidade precisa ser constantemente alimentada. E seus principais alimentos são a Eucaristia, a Palavra e o testemunho dos irmãos.
A Eucaristia é a principal fonte da vida cristã. Quem dela participa torna-se forte, robusto, pronto para dar o testemunho. Ela é o centro da vida da comunidade dos discípulos missionários, que, ao redor do altar, tornam-se um com o Cristo que se torna visivelmente presente sob as aparências do Pão e do Vinho. Por isso é com tristeza que a Igreja reconhece a impossibilidade de todos os fieis terem a celebração eucarística todos os domingo. Há quem diga que, no Brasil, 80% das comunidades não têm a possibilidade de celebrar a Eucaristia todos os domingos, por falta de sacerdotes. Felizmente leigos abnegados assumem a função de Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, celebrando a Palavra de Deus e distribuindo a Eucaristia consagrada em missa prévia. Não é a mesma coisa que a Missa, mas pelo menos não priva a comunidade dos discípulos missionários do celeste banquete.
De tempo em tempos a Igreja realiza também os Congressos Eucarísticos (Diocesanos, Nacionais ou Internacionais), para exaltar a importância da Eucaristia para a vida das comunidades.
Em 2010 o Brasil realiza seu XVI Congresso Eucarístico Nacional em Brasília-DF, que completa seus 50 anos de fundação. Esta cidade foi inaugurada com uma celebração Eucarística, celebrada na noite de 20 para 21 de abril de 1960, pois o presidente Juscelino Kubstchek queria começar o dia da inauguração da nova capital celebrando, com a nova comunidade brasiliense, a Santa Eucaristia.
Possamos nós, também, dar o valor central que a Eucaristia merece em nossa vida de discípulos missionários de Jesus. Que a participação na mesa sagrada nos torne pessoas eucaristizadas, verdadeiros sacrários vivos de Jesus em todos os ambientes que freqüentamos.
* Padre Edson Assunção S. Ribeiro, Secretário Nacional da Infância e Adolescência Missionárias.
Fonte: IAM